quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A não democratização da inclusão



Resultado de imagem para cadeira de rodas acorrentada


Com essa história da passagem da tocha paralimpíca pela cidade de São Paulo nos colocou uma questão interessante a ser questionada: será que a inclusão social da nossa condição de deficientes (não tenho o menor problema de me chamar assim), é realmente democrática? Que o próprio segmento de PCDs não é, estamos “carecas” de saber, pois, para termos um certo “sucesso” ou ser amigo da “tchuma”, devemos sempre não dizer a verdade e ser da esquerda militante. Mas que há um além disso – mesmo o porquê, devemos respirar de vez em quando – que me faz pensar que ainda somos um país que se você não pensa o que a maioria pensa, você dança e é isolado. Mas minha preocupação aqui é totalmente moral.

Moral no sentido de ter um certo caráter, ter a convicção até mesmo para tomar decisões difíceis como a da paratleta belga que resolveu morrer para acabar com seu sofrimento que até, para isso, temos que ter uma certa coragem. Coisa que muita gente não tem, ou tem mas existem certos interesses que não podem ser contrariados. Vamos ser honestos, o segmento faz isso 24 horas por dia e damos o aval de certas “palhaçadas” que não deveria acontecer. Você acha certo um evento da tocha Paralimpíca, aqui em São Paulo, passar por entidades que nada tem a ver com a inclusão das pessoas com deficiência? Só são relevantes dentro da reabilitação – a AACD male, male – e isso pode alimentar uma imagem de um estereotipo que só somos alguma coisa, se pertencemos a esse tipo de “nicho” social. Aliás, para serviços públicos, pelo menos aqui em São Paulo, só existem duas instituições representativas das pessoas com deficiência: o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e entidade AACD.

O Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência aqui da cidade de São Paulo, não representa nada dês de quando o prefeito Haddad tomou cargo. Quem disser diferente é um mentiroso. Mentiroso no mesmo sentindo do que aquela música do Legião Urbana: “mentir para si mesmo, é sempre a pior mentira”. Sim, achar que um conselho pode representar um segmento que não faz nada para isso é querer convencer que baleias são leves, que os botos não são rosas e ainda, que o conselho não é palco de grandes propagandas políticas. Eu participei e sei que o conselho nada representa a não ser interesses acima do que realmente deveria fazer, defender veemente as pessoas com deficiências e nada mais. A AACD nem preciso dizer nada, pois, tudo que eu acho da “pomposa” entidade eu já postei nos inúmeros blogs que ao longo dos meus anos na rede, eu tive oportunidade de ter. Muito papo furado e pouco tratamento. Como um publicitário, o Teleton tem milhares de erros que poderia enumerar aqui, mas não estou com vontade.

Meu alvo é outro. Não que a AACD não mereça a minha atenção, mas cansei de querer acordar pessoas canalhas a quererem ver aquilo que não vê porque fica achando que bajulando entidades, o tratamento vai ser Vip. Como disse lá em cima, a questão que quero me ater é moral, moral e ética, pois, tem muito a ver com o costume verdadeiro e o caráter convicto. O caráter convicto é aquilo que na essência, vai medir o que realmente você é, o que realmente o que você acredita e o que você acha de alguma coisa muito além de pequenas ideologias. Serviços de transporte deveria ser medido por ideologias? Não. Principalmente, quando se trata de um serviço especial de vans que aqui em São Paulo, se chama ATENDE. Mas não é isso que acontece quando nos deparamos com a responsabilidade de levar pessoas com deficiência no trabalho, no tratamento, nos estudos e no evento. Mas, ao que parece, o gerente geral (não vou colocar o nome, pois, meu blog não merece), esqueceu.

Acontece que a questão é sim ideológica e tem a ver com os dois hipotéticos representantes das pessoas com deficiência. Por que não irão atender muitos movimentos no dia 4 de setembro? Por causa da tocha paralimpíca? Não. Não vão atender por causa de coisas muito além do que mera tocha paralimpíca, que é a questão moral do caso, como disse acima. Aí entramos no âmbito ético e na ética ou você tem caráter de assumir uma posição de igualdade, ou você não é uma pessoa ética. A ética e muito menos a moral, nunca tiveram um ar relativista e nunca terão, pois, ou você sustenta um modo de agir e um caráter verdadeiro, ou você é um verdadeiro canalha e não estou falando só do serviço ATENDE, estou sim, me estendendo a prefeitura que colocam esse tipo de gente num serviço desses. Uma hora diz que vai atender e no outro diz que tem o direito de recusar o pedido, simplesmente, dando mais ênfase a entidades que nada fazem pela inclusão como a AACD e outras. O que uma F1 vai trazer de inclusão que todas as vans irão para lá? O que vai trazer o Teleton de acessibilidade que todas as vans irão para lá? Fora que as melhores ficam sempre na zona sul, zona oeste ou vão para tais eventos “importantes”.


A questão nem é as entidades, na pratica, o serviço deveria abranger a TODOS, não é isso que acontece. Sempre quando tem muitos eventos, o serviço tem sempre recusado nosso pedido que, pelo que podemos analisar, são escolhidas a dedo os movimentos atendidos para os eventos. Quem realmente tem a permissão de usar o serviço? Quais os eventos que realmente, tem a permissão de ser priorizados no serviço? Há muitos mistérios políticos, mas não há mistério maior de onde veio que a inclusão aqui no Brasil, é democrática. 

Dee Snider grava disco solo e diz que fãs do heavy metal vão odiar

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A Estética da Campanha: “Somos Todos Paralímpicos”




Imagem feita pela agência África para a revista Vogue 




O que é o belo? O belo é aquilo que ao olhar, nos dará sempre prazer e tem a ver com os seus valores. Sempre quando nos deparamos com valores, temos que entender – esse entendimento tem a ver com a ordem ética da estética – que vai sempre nos remeter ao juízo. Juízo é um julgamento que fazemos pelos elementos da alma, ou seja, quando trazemos valores além de adquirir um valor moral, também vai construir o juízo. Nesse caso, o juízo estético – aquele que nos faz julgar o que é feio ou bonito – fara uma ligação muito única entre o sujeito e o predicado. Ou seja, se eu digo que tal quadro é bonito, eu como um agente da ação, vou ter certeza que achei o quadro bonito porque meu valor é que fara o julgamento do que é ou não bonito. Mas há um outro porém, nesse porém que mora a questão, os juízos são feitos com valores e muitos desses valores são valores dentro de uma total cultura. A grosso modo, podemos salientar que todo valor hoje, é um valor graças a uma cultura pré-fabricada pela beleza da mídia, da imagem da mídia e várias vezes, a hipocrisia mediática.

Mas caímos dentro dos juízos sintéticos e analíticos para entendermos o caso. Um juízo analítico é o juízo que não precisa acrescentar nada, ou seja, o predicado de A não é B, porque a natureza de A é A. Como podemos dizer: “Todo gelo é solido”, pois, a natureza do sujeito (gelo) é o predicado (solido). O juízo sintético é tudo aquilo que o predicado vai trazer uma característica ao sujeito, ou seja, sempre vamos trazer ao nosso juízo algum acréscimo, aquilo que a natureza não é. O A pertence a B porque sua natureza é C. Como podemos dizer: “Todo corpo é pesado”, porque o sujeito (corpo) depende do acréscimo do predicado (pesado) para caracterizar sua demonstração. Pelo simples fato de o “pesado” depender do fato gravidade para ser ou não “pesado”. A grosso modo, tudo aquilo que é da natureza do sujeito, que podemos dizer não precisar da experiência (a priori), é uma visão analítica da coisa em si (usando o mestre Kant), e aquilo que precisa da experiência (a posteriori) é a visão sintética da coisa em si.

Então, quando perguntamos “o que é o belo? ”, temos que analisar – criticamente – o que seria o belo dentro da característica de cada sujeito. Olhar a foto da Cleo Pires amputada e do Paulo Vilhena amputado, nos é aberração porque algo caracteriza como uma experiência de natureza sintética. Porque a natureza dos dois atores, não são de serem amputados e sim, uma montagem para mostrar uma imagem virtualizada, ou seja, tem uma potencialidade de acontecer. Sabendo que o braço não é da atriz – sendo da tenista de mesa Bruna Alexandre – que nos remete a uma visão rejeitada, uma visão que o belo se caracteriza com o feio, o rejeitado, o submundo da imagem ideal. Ou seja, a descaracterização da imagem da pessoa e nos remete a apenas olhar a deficiência em si mesmo. Como pessoas com deficiência que somos – amputados, cadeirantes, muletante e etc – nos sentimos destruídos como pessoas, destruíram nossa própria identidade criando uma imagem sintética do sujeito enquanto pessoa na essência.

Daí entramos dentro da estética. A estética vem do grego aisthésis que quer dizer “percepção”, “sensação” e “sensibilidade” que diz muito sobre belo. Voltamos a pergunta inicial: o que é o belo? O belo é o que percebemos como juízo de valor (lembramos que juízo é sempre um pensamento de julgamento daquilo que é um conceito), ou seja, tudo aquilo que julgamos um valor importante, ou conceito moral que nos dará prazer. O que seria o prazer? Segundo os epicuristas, o prazer é o último fim do ser humano. Mas o prazer nesse caso – da foto especificamente – não houve prazer porque não houve uma imagem analítica, não houve uma leitura dentro dos padrões da deficiência. Assim, a estética passa de prazer ao desprazer, do belo a aberração, por um fator único, o pensamento sintético predomina na foto. Criaram um arquétipo que foi construído entre o perfeito e aquilo que não é perfeito (dentro do senso comum), a imagem que precisa de um famoso para repercutir e esse arquétipo é a persona que começou lá traz com as novelas (que mostravam deficientes belos e perfeitos). Toda persona é uma máscara que usamos como uma personalidade construída das inúmeras ideias éticas e morais que aprendemos. E quando nos deparamos com essa imagem, o arquétipo está mais que claro, há uma imposição da visão estética mediática dentro do protótipo social, ponto, o resto é conversa fiada.


Será que não houve uma tentativa de demonstrar uma imagem idealizada? Será que não é a mesma imagem que os donos de empresas e das próprias agências de publicidade, usam como exigências para contratar pessoas com deficiência? A ideia do juízo de valor que não aceita um amputado verdadeiro, mas a imagem “fake” de atores conhecidos, nos mostra muito como o poder construiu um discurso para excluir a nós dentro da sociedade. Sem dúvida há um fetiche (não como uma coisa erótica, mas uma imagem ao culto e sagrado), dentro da imagem que constrói um conceito do belo aceito, o belo da perfeição, o belo como imagem e conceito platônico da objetividade daquilo que é belo. A grosso modo, a publicidade ainda trabalha com arquétipos (imagens) antigos que não cabem mais dentro do conceito de hoje, a publicidade não tem renovação a muito tempo, achando que só homem bebe cerveja, achando que só uma classe social usa determinado produto. Qual a novidade? Nenhuma. Há e sempre haverá uma imagem errônea da deficiência. 


sábado, 20 de agosto de 2016

Guerras ideológicas: a epopeia da burrice






Quando se lê a etimologia de política (que vem do grego “politikon”), vamos chegar em cidadão. Vamos lembrar que quando os gregos clássicos pensaram na democracia (demokratia, demo=povo kratos=poder), pensaram em um tipo de governo que abrangesse os cidadãos livres daquele tempo. Ou seja, eram homens livres, sem serem mulheres, crianças ou escravos e que soubessem a arte da oratória. Sim. Cada cidadão ateniense, deveria saber falar em público ou ter boa oralidade. Sabemos que muito herdamos dos gregos clássicos, mas herdamos muito mais, dos latinos romanos que herdaram quase toda a cultura grega. Então, quando se fala de maioria se fala de homens que eram livres e que eram homens estudados para exercerem tais cargos.

Eu acho que é exótico essa grande paixão que temos pela democracia e que temos apresso por ela, porque somos levados a acreditar na liberdade. Mas somos libertos de verdade ou somos iludidos por uma liberdade virtual? Tudo que é virtual é uma potencialidade de um ato, na essência, esse ato ainda não existe. Se irmos muito a fundo da questão, a democracia não é um regime justo, mas sem sombra de dúvida, é o melhor regime que temos. Porque podemos, pelo menos, mostrar a burrice ideológica que ainda povoa nosso povo. Se você diz algo que desagrada o pessoal da direita (os do “bem”), somos taxados de “esquerdistas” e que temos algum vínculo com a esquerda, se você diz algo que desagrada à esquerda (os “imaculados” que querem salvar o mundo), somos taxados de “coxinha”, “fascista” (como se soubessem o que é fascismo) e que votamos no PSDB (porque o Lula enfiou na cabeça deles que PSDB é de direita). Esse tipo de debate cansa quando você não pode fazer uma análise mais ou menos, verdadeira na questão.

A questão até é muito fácil de encontrar, as pessoas não querem encontrar porque se depara sempre com seu lado sombra. No meu texto: “Na Sociedade do Espetáculo, há ética? ” (Quem quiser ler, linkado -> aqui), faço uma análise dentro da ótica moral do filósofo Kant, que viveu entre o século dezessete e o século dezoito, que faz referência ao seu imperativo categórico. Nós precisamos de imperativos porque temos necessidades, essas necessidades devem ser saciadas por sermos seres finitos. Sim, não somos seres onipotentes ou onipresentes (como Deus), então, não sabemos o que o futuro nos reserva e nem estamos completos (com o SER totalizados), porque somos seres limitados, inócuos, finitos ao ponto de querer saber de onde viemos.  Se temos necessidades e somos seres limitados, então, não podemos deixar essas necessidades ir além da nossa ética (caráter), ir até o fim para sacia-la a todo o custo. Por exemplo, não posso roubar aquilo que não me pertence para saciar a minha necessidade, não posso matar só pelo fato do outro me fazer algo, porque a minha moral (relativo ao costume), me faz não praticar isso e a minha ética  não “cabe” no ato de matar.

Por que o ato de matar não “cabe”? Porque o ato de matar foi ensinado dentro da educação moral (familiar), que aquilo é errado e não pode ser praticado, como qualquer violência contra o outro, dentro de cada aprendizado da moral, há uma pratica da construção ética. Essa construção ética vai definir o meu caráter e vai definir o meu ato de parar ou não nas vagas de estacionamento para pessoas com deficiência ou idosos, sentar ou não em acentos preferenciais, gritar ou fazer gestos em transito, discuti ou fazer “fofocas”, vai definir o que a criança será quando for adulto. O problema sempre foi em deixar seres humanos melhores no mundo e não, deixar só mais arvores ou animaizinhos peludos. A questão é outra. A questão passa a ser da dependência ideológica de achar que algumas políticas públicas e alguns políticos vão salvar o mundo, porque não vão e só vai piorar se o “populacho” facebookiano, não acordar do seu sono enigmático entre a religião e a ideologia.

Eu não confio nas pessoas que não confessam seus pecados, que se fazem de “boazinhas” todo o tempo, ou que enche o saco com a questão de não acreditar ou acreditar em Deus. Toda bondade humana tem um preço e esse preço sempre estará no purgatório, ou seja, entre o inferno e o paraíso, entre a dor e o prazer, é a mais verdadeira realidade. Gosto mais do Pica-Pau do que do Pequeno Pônei, gosto mais do heavy metal do que das músicas românicas sertanejas (que são chamadas por mim de choro pop).  Porque não quero sentir paz, na paz não há evolução, na paz não chegamos ao conatus espinosano da vontade de sem que essa vontade transborde (a violência), mas que nos traga o prazer da aprendizagem.

Minha construção ética foi uma construção daquilo que era real, dentro do que vivi dentro dessas mesmas políticas públicas (sem emprego, mesmo com diploma, saúde precariamente, sem acessibilidade e um transporte de péssima qualidade), com esses mesmos políticos, com essa mesma guerra ideológica, a única diferença, que essa mesma guerra era nas ruas. Nunca li tanta burrice, nunca encarei total despreparo político e religioso (no tempo que minha vó ia na igreja as pessoas sabiam ler e escrever e discutiam política muito mais coerentemente), não sabendo princípios éticos e morais, acreditando em algo que nem estudaram. Para mim, não há diferença entre o marxismo e o cristianismo, pois os dois acreditam em utopias. Claro, que a grosso modo, estou dizendo o cristianismo baseado em uma tradição teológica baseada num platonismo-aristotélico, onde não cabe a doutrina verdadeira de Jesus.


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Nazi-Petismo: não gostam das pessoas com deficiência.











“A ideologia que "absolve e justifica os canalhas" é apenas o ópio dos intelectuais. ” (Nelson Rodrigues)

Que o petismo fracassou, todo mundo está “careca” em saber. Eu não tenho dúvida que daqui alguns anos vão estudar essa época do Brasil e vão constatar que a esquerda, pelo menos se chamam assim, fracassou porque acreditou em uma grande utopia. Na minha visão, não há diferença entre o esquerdismo e a religiosidade, mesmo o porquê, os dois acreditam em utopias metafisicas. Então, eu coloco o petismo como uma religião que acredita que todos são iguais e nem sempre, ou quase nunca, isso é verdade, porque mil reais na mão de um bêbado não é o mesmo que mil reais na mão de outra pessoa. E não me venham falar de ignorância, porque existem ricos drogados e bêbados no mesmo jeito, assim, mostrando mais uma vez que ninguém é igual. Igualdade é uma utopia iluminista que segue um humanismo das “fadas” e não o que é realmente que vimos até mesmo, dentro do Facebook.

Aqui em São Paulo temos um prefeito que além de ser dessa utopia fracassada que é o petismo, o senhor Fernando Haddad (PT-SP), dá amostras que além de não gostar de ser prefeito, ainda não gosta de pessoas com deficiência. Por que não gosta de pessoas com deficiência? Porque não há um plano, em toda plataforma de governo do PT, que abrange as pessoas com deficiência e toda a resolução desse nível, por um motivo muito simples, eles não têm nós como base eleitoral. A parte trabalhista ou comunista, não enxergam pessoas como nós como pessoas e é fácil constar dentro de uma perspectiva stalinista. Se pessoas comuns morriam aos milhares na fome, necessidades, eliminação dos mais fracos e tudo mais, imagina o que aconteciam com as pessoas como nós. Os governos trabalhistas (como do PT), não são diferentes, só que esses governos acham que as pessoas com deficiência devem ficar em instituições e não no meio da sociedade. Por isso, num modo geral, temos ainda financiamento das entidades ditas filantrópicas, por causa disso. Por que os intermediários de aparelhos ainda são essas entidades no governo petista? Por que ainda há um auto grau de credibilidade nas entidades que já mostraram ineficácia dentro da inclusão e reabilitação?

Não estou apenas acusando o petismo não, seu irmão gêmeo o psdbismo, fez um acordo de mais 15 anos para adequar escolas que eram já para serem adequadas dentro de uma perspectiva da lei. Há ainda filas enormes na rede de Reabilitação Lucy Montoro, ainda há uma cultura de não adaptação e não adequação das pessoas com deficiência. Mas não é isso que quero trazer nesse texto, mas demonstrar o quanto algumas pessoas estão equivocadas com uma imagem quase “Sacrossanta” de um partido que não respeitar ninguém, acha que todo mundo tem a plena obrigação de aceitar tudo que fazem e constroem. O que eles construíram? Uma lei de inclusão que ainda não criminaliza quem não contrata pessoas com deficiência por pura discriminação? Já que, claro, é lei ter uma porcentagem de funcionários dentro de uma empresa e, discriminação é crime e com detenção. Quem pede melhor aparência não está discriminando uma pessoa com deficiência? Campanhas como o Teleton que mostra crianças dependentes (que também entra no estatuto da criança e do adolescente), numa apelação emocional, não é uma maneira de discriminação e exposição de incapaz? Sei muito bem da livre espontânea pressão da entidade AACD, quando diz respeito aos pais dos seus pacientes.

Voltamos ao que me levou a escrever esse artigo. Quando o petismo entra no governo, não sabe o que fazer ou sabe. Mas ao longo de tudo isso, quem mais sofre é as pessoas que eles acham não ser nichos eleitorais, que não podem perceber o que acontece em sua volta. Nesse requisito a esquerda como um todo (não só o petismo), falharam de vez, porque não conseguiram exigir uma melhor vida para as pessoas com deficiência, acreditou demais nas entidades e esqueceu dos movimentos que sim, lutam muito mais pela inclusão e com muito mais eficácia. Daí que começam a tirar coisas que são leis, tirar serviços essenciais para as pessoas com deficiência e ainda, colocam gerentes que não dialogam e tem pouca experiência nesse requisito. Nisso, o nosso prefeito Haddad (que se diz professor de direito e pós-graduado em filosofia), deveria saber que a consulta domiciliar é assegurada dentro da lei de inclusão que diz em seu paragrafo quarto artigo terceiro: “atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação”. Por que então, nosso prefeito tirou a consulta domiciliar?

Nesse sentido eu tenho uma história própria que servira de exemplo do que estou dizendo. No dia 9 de agosto, estava eu no posto de saúde da prefeitura, e esperei duas horas para ser atendido (detalhe, na mesma lei de inclusão, nós somos prioridade). Para começar não tinha nenhuma vaga no estacionamento para pessoas com deficiência, o posto da Vila Nova Iorque foi feito em uma antiga fábrica e nem elevador tem para o andar de cima. Fiquei duas horas para pegar uma receita do remédio de pressão que eu tomo que a cada seis meses preciso renovar, sendo que, a consulta por lei é domiciliar. Fora de outros casos de outros postos de saúde que deixaram pessoas com deficiência morrer como o posto do Jardim Elba no Sapopemba, que tem uma medica que se recusa a dar receitas e encaminhamentos, médicos que acham que exercício vai resolver dores, enfermeiros que dizem que o problema da mãe é porque carregou a pessoa com deficiência a vida inteira. Como temos uma saúde prioritária se temos casos como esse aqui? Morte (direito a vida e saúde), dores (direito a saúde prioritária), receitas e consultas que não são domiciliares (direito a consulta domiciliar), esse é o petismo.

 Eu acredito que como o senhor prefeito é um professor de ética (pasmem), não deveria colocar uma resolução municipal acima de uma lei federal que está acima de qualquer transmite da prefeitura. Exemplo temos inúmeros dentro da prefeitura do município de São Paulo, como ciclovias nas calçadas, como radares dentro de lugares enviáveis e pessoas não aptas em certos segmentos que exigem cuidados específicos. No caso temos o ATENDE onde o gerente não tem habilidade para tomar qualquer decisão, há acidentes que não haviam, há até ferimentos de crianças que numa leve pesquisa no Google podemos constatar. Mas no dia 8 de agosto, nosso movimento (meu e da minha noiva) foi advertido por causa de muito falta sendo que, não teve nenhuma falta que não foi justificada e que está, claro, arquivada e guardada nos arquivos do movimento. Claramente, o gerente e o superintendente do serviço ATENDE (que aliás, se escondem atrás dos seus subordinados), não estão preparados para trabalharem com pessoas com deficiência, porque não dialogam, porque acham que estão carregando carga.


O nosso prefeito não é uma pessoa ignorante, talvez não goste de ser prefeito, mas sabe das leis e sabe de que todos esses serviços exigem um certo preparo e dedicação, coisa que nem a gerencia do ATENDE tem e nem a gerencia dos postos de saúde. Lamentável, que o petismo não gostar de pessoas com deficiência.  



essa é a carta do gerente do ATENDE que nem teve a capacidade dele próprio enviar.


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Cadê meu remédio Sr Haddad?



Esse video fiz para provar que estou sem o meu remédio, porque simplesmente, a médica só dará a receita quando tiver a consulta. 




“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta. ”
(Maquiavel)

Segundo o currículo acadêmico do nosso prefeito daqui de São Paulo o Sr Fernando Haddad (PT-SP), é de pós-graduação em filosofia (já tivemos uma previa quando ele foi ministro da educação, que teve chance de fechar as classes especiais e não o fez), que eu duvido. Para começar ele esqueceu da ética e que não se governa para agradar todo mundo, o que realmente precisa, vai ficar faltando e não é certo fazer. Todas as nossas conquistas aqui em São Paulo, sobre inclusão, a gerencia que estava fazendo um bom trabalho no ATENDE, as coisas que sempre lutamos, não existem mais porque o sr prefeito esqueceu da máxima filosófica que a ética não se tem na teoria, mas sim, se pratica e até o mais idealista dos filósofos antigos, Platão, concorda.

Mas, claro, se ele realmente estudou filosofia não estudou muito nem na ética e muito menos, a moral. Ética veio do grego ethos ou ethiké que tem a ver com o caráter das pessoas, o caráter, por exemplo, vai determinar um ato ilícito ou licito, vai determinar um ato de amor ou ódio, de praticar crimes ou atos de solidariedade. Não gosto da definição moderna, pois, fica parecendo que a única questão da ética é cuidar do nosso ato social, um ato que tem a ver sim com o caráter e quando pessoas necessitam do básico e não são atendidas, aí a ética falhou e vimos inúmeros exemplos aqui no Brasil. A nossa cultura, em sua essência, não foi construída a partir da ética porque muitos colonizadores (vulgo bandeirantes), vieram basicamente, para resolver suas próprias dificuldades financeiras ou enriquecer ainda mais. Ou seja, vamos pensar como um bandeirante: vou lá nas terras onde só existem selvagens nus (assim se pensava na época), vou pegar quantas riquezas puder, volto para Portugal e deixo até os filhos que tive com as mulheres selvagens nuas que seduzi ou simplesmente, estuprei. Isso é um ato ético? Não vimos isso até hoje no meio da política? Não é uma política de levar “vantagem” até hoje?

Foi ótimo a esquerda governar o país (mesmo que o PT tenha deixado a agenda da esquerda para ter uma política muito mais abrangedora), porque mostrou que o problema não era o modo e nem a ideologia que estavam sendo apresentadas, mas a cerne do problema é a ética que falta na nossa própria cultura. Você acha que as músicas apresentadas nas nossas rádios, mostram a ética e as bases de uma moral solida? Já na parte da traição (que vem junto com os bandeirantes, já que esses tinham toda a liberdade de faze-lo), era motivo de não ser digno de ser cristão, a ética religiosa é uma ética muito mais moral. A moral vem do latim mos no plural mores, que foi uma tentativa de traduzir o ethos dos gregos que os romanos designaram como “relativo aos costumes”, ou seja, para os romanos (e talvez carregamos isso muito ainda), os costumes valia muito mais do que o caráter. Em um bom português claro, um padre ou pastor pedófilo é muito mais importante do que um homossexual ou uma pessoa tatuada, por exemplo, porque os romanos trocaram os significados e ao invés de nos importarmos com o caráter, sempre nos importamos muito mais com o costume que não questionamos. O prefeito como professor pós-graduado em filosofia deveria saber disso, pois, a filosofia nos dará sempre melhores referencias do que devemos fazer ou não, deixar como escolhas das pessoas ou tomar uma posição e para as pessoas com deficiência, tomou milhares de posições erradas.

Primeiro tratou o transporte ATENDE como um mero transporte de pessoas com deficiência sem importância alguma, sendo que por anos o transporte ATENDE foi referência dentro de não só aqui no Brasil, mas no mundo. Colocou um gerente que não age como gerente, ele simplesmente, acha que as vans são dele e não existe ninguém no mundo que faça ele entender isso, porque sempre vai achar que é perseguição. Mas a alegoria do escravo e do senhor é de Hegel (que majestosamente, Paulo Freire colocou como o oprimido sempre quer oprimir), onde o escravo é escravo para se auto conservar, ou seja, as pessoas se “fazem de santas” para poderem ter o que querem e esse querer é para se autopromoverem. Claro, que essa alegoria é uma maneira de explicar a dialética diante o conhecer-a-si que acredito que o prefeito conheça bem, mas eu gosto da conotação do Paulo Freire que também tem um porém, que quem é oprimido sempre vai querer oprimir. O budismo vai chamar isso de karma (que erradamente, achamos que é um castigo e não é), pois é um trabalho de eliminar a roda de oprimidos e opressores, de acusados e acusadores, de vítimas e vitimadores, de doenças, de tudo que nos causa dor. Quando é eliminada a roda de Samsara, não precisamos mais ser um ser oposto e nem nos preocuparmos com o futuro, ele é o que escolhemos, daí muitas pessoas deveriam repensar essas atitudes.

O prefeito como um pós-graduado em filosofia deveria saber que há nessa explicação que eu dei, que não foi mais que o básico de qualquer um que tenha um diploma de filosofia, uma razão de existir. Qual? Quando colocamos um comando que envolva seres humanos (não parece, mas há seres humanos dentro das vans do ATENDE), devemos pensar se essa pessoa está qualificada para tal e não é um misero motorista dentro do seu partido. Que não é qualquer ser humano, porque são pessoas que exigem um tratamento diferente, um tratamento que, necessariamente, exige gostar daquilo que fazem. Não ter vans que são modificadas e ao modificar (porque são vans baús e tem acessórios diferentes), não modificam as molas, não modificam o cinto, não tem uma trava segurando a roda da cadeira e algumas, que são equipadas com trilho de frente, esticam demais a cadeira (já quebraram uma cadeira minha); o cinto que nos segura é ineficaz (acho que os engenheiros do ATENDE, esqueceram das aulinhas básicas de física da lei da inercia de Newton). Não é só nas vans do ATENDE, parece que esses mesmos engenheiros fazem adaptações para a SPTrans que são bem parecidas, se frear e o cadeirante não achar apoio, cai.
Vamos fazer um exercício bem simples que chegaremos as vias de fato: o que é a vida? Para chegarmos ao conceito de ser humano (o SER nesse caso é uma explicação sim, de totalidade), temos que antes, usando a dialética hegeliana que Marx usa em alguns casos, que definir o que seria um ser humano. A vida (vita), poderia ser definida como uma totalidade de um ser a partir da concepção independente de ter ou não uma consciência, ou seja, um vírus é uma forma de vida e não tem consciência, uma bactéria não tem consciência, mas é uma forma de vida. Se uma bactéria ou um vírus (que aliás, a ciência não tem uma classificação para o vírus), pode ser chamado de ser vivo (segundo Hegel, o ser é uma abstração), o homem é um ser que tem uma racionalidade que diferencia dos outros animais. Mas quando vimos um ser humano, pertencente a espécie homo sapiens, não diferenciamos esse ser humano só porque ele tem diferenças e essas diferenças, que a esquerda brasileira adora salientar, não são diferenças de espécie, mas características ambientais evolutivas (no caso de diferenças de cor ou características corporais), alguma anormalidade genética, alguma deficiência causada por erros médicos e até, nascem com algumas características sexuais diferentes dos demais. Mas isso não faz esse ser humano com tais diferenças, não serem seres humanos, pois, um humano tem características básicas para ser caracterizado como ser humano.

Se somos pessoas com alguma deficiência e não diferenciamos de qualquer ser humano, temos as mesmas disfunções e doenças de qualquer ser humano (até devido a deficiência, dependendo do grau e da deficiência), que qualquer um é sujeito. Eu sou hipertenso (pressão alta), por causa da herança genética que meus avós por parte de mãe, por exemplo, e não por causa da minha deficiência. Como a minha noiva tem escoliose (diagnosticado errado pela AACD), luxação da bacia por causa da deficiência que não foi diagnosticada direito e que trouxeram outras doenças e complicações. Mas isso não nos fazem não sermos seres humanos, precisamos de profissionais da saúde, precisamos de alguém nos transporte, precisamos que alguém nos olhe e um tratamento continuo. Eu acho que essa definição de vida e o que seria um humano (um ser com a totalidade racional de distinguir o que quer pela vontade), pode ficar claro que queremos muito que o sr prefeito lembre lá das suas aulas de filosofia e lembre eu tirar um direito básico de ter uma visita medica é sim, antiético. Será que para um político, somos seres humanos ou meros “fantoches” eleitorais? A dialética está aí: no perfeito e o imperfeito, nos casos prioritários, nas relações entre ser ou não importante. Eu estou sem o remédio da hipertensão, minha noiva não consegue vaga para a operação, assim como muitos que tem uma deficiência (duas nossas amigas morreram por descaso do posto de saúde), também sofrem esse desaso.

 O que fazer? Por que foi revogado as visitas residenciais para pessoas com deficiência? Pela definição que eu dei, eu acho que ficou claro que as pessoas com deficiência são seres humanos (tanto é que prefiro chamar de humanos com deficiência), pois temos características que definem o que seria um ser humano. Mesmo aquelas que não tem uma consciência madura, no caso dos que nascem com síndrome de down e o que nascem com microcefalia, são seres humanos, são humanos com deficiência. Então, como um prefeito revoga uma lei federal, que obriga o ESTADO (quando digo ESTADO eu digo todas as estancias do governo), a fazerem consultas residenciais em idosos e pessoas com deficiência? Como um prefeito não tem a capacidade de tratar as pessoas com deficiência como seres humanos, tendo essas vistas, tendo vans de melhor qualidade, tendo adaptações certas, tendo gerentes que tratam nós humanos com deficiência, como seres humanos e não “coisas” transportadas? Mas estou com Nietzsche, as pessoas famosas ou políticos, só fazem amizades por interesses e esses interesses tem que trazer alguma coisa, que no fundo, os trouxas somos nós mesmos.



No Clube de Autores: O Caminho e Liberdade e Deficiência

E-book na Saraiva: O Caminho 

Um tutorial como comprar meu livro: Tutorial para comprar o livro O Caminho 



segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Nietzsche é só cabeçada e sangue nos “zóio”







Amauri Nolasco Sanches Junior

Eu acho que o povo brasileiro não aprendeu a filosofia de Nietzsche e nem quer aprender, pois, tudo para o brasileiro é diferenciado do resto do mundo. Mas que existem certas professoras de filosofia que esbravejam (tem vídeo do youtube que comprova), que poderiam entender melhor a sua filosofia que chamam todo mundo de “fascista”. Que a maioria do povo não conheça, estamos cansados de saber, mas quando estamos falando de uma professora de filosofia que escreve um livro sobre dialogar com um fascista (como se devêssemos apenas enxergar a corrupção dos partidos da “elite”), chegamos a raias do preocupante. Também acho que professores de filosofia deveriam ser neutros, deveriam enxergar a situação como se tivessem em uma montanha, mas não é isso que vimos. Vimos cada vez mais professores serem da esquerda “burra” que ainda insiste em uma filosofia que já provou ser inócua e que não ajudara em nada o ser humano. Querer uma mudança cultural sem o socialismo ou o comunismo (como a esquerda europeia e norte-americana que não é socialista e muito menos, seguem a cartilha marxista), até é uma demonstração de bom senso e a razão mor de todo pensamento (bem serio), político.

Na política não podemos ser relativistas (do “cada um pensa de algumas maneiras”), porque ficamos sempre achando que meu ponto de vista é o certo e não é. Essa preocupação é justificada porque se uma professora de filosofia, que gosta de Nietzsche (que era avesso a qualquer ideologia, religião ou pensamento humano predominante), tem uma postura de esquerda, que defende que houve um golpe e fica chamando as pessoas que não concordam com sua visão de fascista, um tanto inusitada. Claro, que eu questiono muitas posições de Nietzsche e outros filósofos, mas achar que cada pensamento remonta o que você pensa e não é assim, pois, eu já vi isso, dizerem que não temos nenhum compromisso com nenhum filósofo, mas deveríamos ter coerência. Qual coerência? A questão não é ter ou não compromisso com o filósofo que citamos, mesmo o porquê nem sempre concordamos com tudo dos filósofos, mas quando estudamos a filosofia temos que nos questionar. Será que muitas pessoas estão enganadas ou eu estou só olhando um lado de toda história?

Sempre digo que o importante não é a resposta, mas o importante sempre é a pergunta. Então, por que um governo não pode ser retirado porque errou? Por que devemos, necessariamente, ter um lado nessa história? Pois eu não me contemplo em ter um lado, eu não me conformo em ser uma “coisa” engessada que eu tenha que ter um lado, que tenho que ter uma ideia, mesmo o porquê, ideias não podem ser presas em um só conceito. Ideias que visam um só conceito, sempre acabam sendo ideias autoritárias. E um professor e filosofia ou um filósofo (mesmo o porquê, nem sempre as pessoas que ensinam podem ou querem filosofar), que não sabe disso é um caso de se dizer filósofo e não saber o que isso significa. Mesmo o porquê, o fundamento da democracia não dá o direito de corromper só porque a maioria o elegeu, ou seja, a maioria escolheu o candidato para governar e fazer o que a população necessita. Mas estou com Nietzsche, nenhum “ismo” pode nos salvar, porque qualquer ser humano famoso como os políticos vão fazer amizades por interesses e sempre o fara, até o ser humano não procurar fugas metafisicas e nem fugas ideológicas. A ideia de um “rei filósofo” platônico não passa de uma memória ancestral quando éramos primatas no meio da savana africana e precisávamos do “macho alfa”, aquele que irá conduzir o clã para lugares onde existem comida e abrigo contra os predadores.

Não somos tão fracos, não precisamos mais de abrigo para predadores, mas precisamos de comida, precisamos cada vez mais evoluir ao ponto de não precisarmos ter tutores. No fundo, sabemos muito bem como e quando as nossas necessidades devem ser atendidas, mas o homem (como ser humano), sempre vai optar pelo o que é mais cômodo, pelo que é de fácil acesso.  Mas nós defendemos com a cultura, achamos que nós somos seres muito mais superiores do que realmente somos, porque estamos sempre usando nossa consciência para construir tudo que pode nos dar conforto. Para termos tudo isso, todo esse “enrosco” de ideias e culturas, pararmos de acreditar nos reais valores que regem o ser humano a fazer sempre o que deve fazer, como olhar para ele mesmo e tomar sua própria decisão. O que aconteceu? Criamos fugas metafisicas, criamos subterfúgios para não aceitar a vida e todas as suas emoções, todas as dificuldades, todas as coisas que realmente importam. Daí passamos a não acreditar em nada, pois, a vida e esse mundo é que realmente que existe e matamos Deus, matamos o homem de decisões, matamos todos os valores que colocavam o ser humano como um ser humano, amar ser um humano. O super-homem não precisa acreditar num governo, não precisa acreditar nas religiões e não precisa se preocupar com o devir, não interessa o que ele vai ser depois da morte, mas o que ele vai ser durante a vida e a vida pulsa sempre.

O mundo é justo? Não. Todas as pessoas podem ter tudo? Não. Mas existem pessoas que conseguem e tem esse mérito de ter conseguido ter quase tudo, realizado alguns desejos, realizado sonhos que trabalharam para realizar. Ficaram orgulhosos (no sentido de gostar do que fazemos), mostraram seus méritos, mostraram que conseguiram até serem governantes, mas aparece os que não conseguiram, que esperam as coisas venham de alguém ou de um ser maior e fora do tempo, esperam que um dia eles dão a eles. Esse alguém são os heróis ou ídolos (os nossos ídolos e a DC e MARVEL COMICS mandam abraços), o ser metafisico é o que se chamam Deus e ao longo desses séculos, chamam em vários nomes. Tem alguma coisa de errado acreditar nisso? Não. O que está errado é se apoiar nisso como algo que fara uma espécie de “justiça” ou lhe dará uma verdade, mas existe um problema: não há verdade absoluta, pois, as verdades mudam sempre. Se não existe verdades absolutas que não podem ser mudadas, não existem fatos que são eternos, pois o tempo é continuo e devemos aceitar as coisas como são. Amar o destino. Se sou deficiente cadeirante, esse é o meu destino e devo aceitar para não criar “fantasias” que vou melhorar, que em algum dia alguém vai encontrar a cura da minha deficiência e aceitando o destino, não vou ficar ressentido daqueles que não tem deficiência.


Não existe nada além do que ilusões, porque tanto a esquerda, quanto a direita, estão no mesmo barco. Os famosos sempre vão criar amizades pelo seu próprio interesses, esses interesses são a “chave mestra” de toda política e não pode ser acreditada cegamente. Eu não posso confiar em políticos que fazem acordo com outros políticos que sempre foram adversários desses políticos, não posso confiar em pessoas que dizem uma coisa um dia e no outro, dizem outra coisa. Mudar de ideia é uma coisa, todos nós podemos mudar de ideia, mas fazer aquilo que sempre criticou é incoerência. Não podemos questionar isso do governo? Não podemos achar que o governo está em milhares de erros e não pode mais ficar na presidência? Acho que esse papo de comunismo (coisa que o petista nem sabe o que é), esse papo de coxinha e mortadela (que adoro muito), está muito chato e polarizado demais porque as pessoas não querem discuti, querem ter razão. No fundo, sabemos que o Facebook é do “diabo” porque só tem discórdia (não que acredite em demônios e sim, o “diabo” no sentido de que é um verdadeiro inferno), só tem pessoas agredindo uma as outras. Agressões são democráticas? Impor um pensamento é uma forma democrática? Acho que os dois lados são fascistas e deveriam ler mais Nietzsche.