quarta-feira, 21 de junho de 2017

Tudo aqui é diferente






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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

Tudo aqui tem a “mania” de ser diferente por razões obvias, como se houvesse uma necessidade muito grande de caber no interesse de cada um. Existem conservadores que estão no terceiro casamento, existem liberais que são conservadores, existem “cristão” aproveitando muito bem as coisas mundanas daqui. Acho que devemos fazer uma reflexão sobre o caminho que o Brasil deveria fazer para não se perder no meio do caminho, pois, não vai ser assim que vamos chegar em algum lugar. Qual o problema daqui? Tem uma seria resistência a mudanças necessárias, uma seria  resistência de sair de um mundo que a “esquerda burra” pintou e acharem esse mundo lindo e justo.

Os três pilares do pensamento hoje do nosso país – Karnal, Pondé e Cortella – concordam que o problema da questão é uma falta de ética aqui de baixo. Vendo o canal do Socran, uma questão me veio, não basta só criticar a fala do Leandro Karnal e dizer que ele estava isentando os políticos e só analisar como se comportamos diante de regras básicas. Você para em vaga de pessoas com deficiência? Você faz calçadas sem degrau? Você xinga os outros no transito?  Você ultrapassa o outro veículo em lugar proibido? Isso é só uma pequena amostra o quanto aqui as regras não são muito seguidas e não é uma coisa só das pessoas “ignorantes”, mas as pessoas universitárias também não seguem as leis tributarias (no caso de empresas), não seguem as leis de cotas para pessoas com deficiência (lei 8.213/91). Ora, se uma cultura não faz o mínimo para seguir uma lei, como pode exigir um modelo ético? Porque na realidade – realidade enquanto aquilo que percebemos – o que se chama de ética é o que se tem como modelo de caráter dentro dos valores que tenhamos como base mora, que a grosso modo, levar vantagem em coisas tão pequenas não é um modo moral de exigir uma conduta ética.

A fala do Karnal foi: “não existe país honesto com uma população corrupta” que não está errado, a questão é: de onde saiu esse pensamento e de onde saiu os nossos valores? Se um povo não respeita uma vaga do estacionamento para pessoas com deficiência, como essa fala está errada? Se administradores de empresa não tem a decência de refletir que uma pessoa com deficiência tem tanto potencial como outra qualquer, que poderia não existir a lei de cotas, como essa fala está errada? Há um outro mal nesse país, não separar aquilo que é profissional (as ideias) e aquilo que se fez na vida privada. A questão passa de novo num prisma ético, porque o meu potencial profissional não é aquilo que eu posto nas redes sociais, isso só é desculpa para quem não quer contratar, não quer ler, não quer pessoas que pensem diferente ou são muito mais inteligentes do que você. Eu não vou deixar de ler Sartre, Foucault entre outros, só porque pertenceram a esquerda, assim como leio e gosto de alguns pontos de Marx ou outro pensador do mesmo “naipe”. Na verdade, essa dicotomia encheu o saco porque na verdade ninguém entendeu nada do que Marx escreveu, não entendeu nada do que Mises escreveu, porque nossa educação é falha em alguns aspectos e seus comentadores explicam já com terríveis distorções.

Assim como acho que o que levou muita “molecada” a se embrenhar a direita, é um ato rebelde, porque nunca vão ler Edmund Burke e nunca vão ter a possível capacidade de entende-lo. Assim mesmo, num ato somente de rebeldia, todos se viraram para a esquerda como se seria possível prever alguma crise do capitalismo. O capitalismo como um sistema autônomo, não passara por uma crise na questão governamental – porque o governo não só sustenta o capitalismo, mas quer dominar em todas as camadas – ele entra em crise (crise vem «lat[im] crĭsis, is, "momento de decisão, de mudança súbita, crise (us[ado] esp[ecialmente] ac[e]p[ção] med[icina])", do gr[ego] krísis,eōs, "ação ou faculdade de distinguir, decisão", p[or] ext[ensão], "momento decisivo, difícil", der[ivação] do v[erbo] gr[ego] krínō, "separar, decidir [via Google]), assim que seus elementos básicos se acabara, ou por grandes corporações. Se for o caminho das grandes corporações será um grande feudalismo capitalista, se for o caminho da escassez de recurso, então, voltaremos ao neolítico. Porque se o capitalismo acabar amanhã, o mundo voltara certamente, para a pré-história e outra, o capitalismo não é uma questão ética, é uma questão moral, ou seja, a questão do capitalismo em sua essência, tem muito mais a ver com os costumes. Ele como um sistema autônomo tem a capacidade de funcionar conforme a cultura onde é inserido, assim como o socialismo. A única diferença é que o socialismo é o pleno poder do ESTADO dentro do sistema social, como se fosse possível achar, que se poderia educar seres humanos a não querer coisas melhores e de boa qualidade.

Então, a questão não é o capitalismo como sistema, mas o capitalismo como moral. Por que não precisaram, por exemplo, criarem leis para incentivar a contratação de pessoas com deficiência em outros países? Por que em outros países não se precisa nem pegar o troco? Certamente, você vai dizer que é educação de cada povo, mas nesse ponto podemos fazer uma outra reflexão, muito mais analítica. Existe a educação que são os valores que são passados pelos pais, existe a escolaridade que é passado na escola, colegial e universidade. A ética é passada na educação familiar, a moral é passada na escolaridade. Isso é distorcido por motivos óbvios, porém, muitos especialistas iriam concordar que se você para em uma vaga de uma pessoa com deficiência é um motivo ético, porque certamente foi criado dentro do preconceito que as pessoas com deficiência são “nada”. Por que? Porque a família não deixou conviver com pessoas com deficiência, não deixou conviver com negros, não deixou conviver com as diferenças para não traumatizar as “crianças”. Quando as “diferenças” se embrenham nas escolas, eles acham que não pode – vivi isso e eu sei – porque o seu “rebento” não pode conviver com as pessoas “diferentes”. Para esse indivíduo não existe respeito porque essas pessoas não existem, são “coisas”. Então, tratam como objetos.

Por isso brinquei no meu Facebook, pois, nos países protestantes surgiram “motorheads”, e nos países católicos apareceram os “weleys safadões”, porque a religião predominante tem éticas diferentes herdadas. A ética protestante, na sua essência histórica, é totalmente germânica e é só ver as histórias dos saxões, viking s e outros povos germânicos, que tinham uma ética e moral diferente da ética católica romana. O catolicismo herdou totalmente a ética romana e todas as suas nuances, a corrupção institucionada é romana e não anglo-saxônica, porque as leis anglo-saxônicas devem ser respeitadas a todo custo. Reis feudais ingleses só eram reis antiéticos até o catolicismo ser banido da Inglaterra, isso já começa com a rainha Elisabeth I que fez que todas as leis sejam respeitadas, assim, prosperando e botando a Inglaterra no primeiro mundo. Livro e estudos sérios, dizem que os vikings já aceitavam divórcio, já aceitavam uma lei dura da violência contra a mulher (as vezes, eram contraditórios porque eles estupravam as escravas), mas na essência, a cultura germânica aceitou muito mais fácil a cultura protestante. E indo muito além, aqui se mesclou o catolicismo com o protestantismo, assim, como se mesclou o espiritismo com o catolicismo que se mesclou dentro de uma cultura de cultuar santos. Assim, se criou um protestantismo brasileiro. Incrível que a essência daquilo se perde na nossa cultura. A objetivação é um fenômeno moral e não um fenômeno sistêmico (do sistema).


Será mesmo que Karnal está errado?




sábado, 17 de junho de 2017

A verdade da lei de cotas para pessoas com deficiência sem hipocrisia.





Pessoas com deficiência ainda enfrentam dificuldades no mercado




Por Amauri Nolasco Sanches Junior

Vamos ser sinceros aqui, você já viu um publicitário bem-sucedido aparecer em uma cadeira de rodas? Você já viu alguma instituição de pessoas com deficiência cumprir a lei de cotas de 1991, que determina de 2% a 5% de pessoas com deficiência, cumprirem essa lei? Se você não viu, eu também nunca vi. Numa reportagem que saiu no O Globo e que está no blog da consultoria de emprego para pessoas com deficiência I.Social, que faz a muito tempo, um trabalho dentro da área de emprego para PCDs, que tem o nome “MESMO COM A LEI DE COTAS,PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AINDA ENFRENTAM DIFICULDADES NO MERCADO” que achei superinteressante. Destaquei alguns pontos da reportagem e vou respondendo e pondo meu ponto de vista sem hipocrisia.

Os resultados mostraram que, apesar do conhecimento da lei, a falta de interesse ainda é um forte obstáculo: 86% das companhias pesquisadas contratam somente para cumprir a cota. O levantamento apurou ainda que, em relação à qualidade das vagas, os entrevistados consideram a maioria das oportunidades regulares (60%) ou ruins (16%).

Há uma pergunta que eu tenho uma necessidade de fazer: a canalhice virou falta de interesse ou o jornalista quis ser educadinho? Sim, porque se você sabe que existem pessoas com deficiência qualificadas e a lei e não tem interesse de aproveitar essa parcela de mão de obra, desculpe os CEOs, mas ou é canalhice ou é burrice mesmo. Se existem 86% de empresas que contratam pessoas com deficiência só para cumprir tabela governamental, alguma coisa tem de errado. Em algum lugar da reportagem estar a questão educacional – talvez eu comente pra frente – mas não estamos lhe dando com pessoas sem estudo e sim, pessoas que tem curso superior administrativo ou de RH, temos que parar de querer passar a mão na cabeça de pessoas que deveriam entender e parar de ficar ligando para o senso comum. Essas pessoas já não deveriam, de uma forma ética, ou seja, de caráter, estar ligado com o preconceito e a discriminação do senso comum.

Todo curso de administração, do top ao mais vagabundo, sabe que em uma organização todas as pessoas têm um objetivo comum, dos sócios até os empregados, o objetivo é fazer a empresa crescer e ter muitos clientes. Como fazer isso? Bom, os sócios e diretores tem que garantir boas condições de trabalho para o funcionário, pois, sem essas condições não é possível levar adiante a empresa e tenha um contato direto com o cliente. Assim, ao mesmo tempo, todos que lá trabalham, precisam ter o comprometimento com a empresa, que é importante tanto para os sócios, como para os funcionários. Para as pessoas com deficiência não é diferente, porque além de dar condições para essas pessoas trabalharem, tem que haver serias mudanças no prédio onde é a empresa. Como tudo no Brasil, o empresário só quer o resultado, ele não quer arriscar no investimento. Só prestar atenção nos serviços, nos produtos, a oferta, ele quer tirar o lucro logo de cara e ai que pega; sem investimento, só há um lucro momentâneo e além do lucro, há a imagem da empresa.

Daí chegamos aonde queremos chegar: a imagem da empresa. Numa visão pouco hipócrita, tentamos imaginar uma empresa que contrata pessoas com deficiência e a sociedade começa a achar que essa empresa é um fracasso: “por que como pessoas podem trabalhar se nem ao menos andam? ”. Claro que a sociedade nem vai saber que o produto foi feito por uma pessoa com deficiência ou não, mas é essa a visão de um diretor chefe de empresas que querem pessoas bonitas e interessantes trabalhando lá. Isso que acontece com empresas de mídia, empresas como agências de publicidade, não devem ter pessoas desassociadas a perfeição. Qual é a soluções?

Se a lei de cotas é um marco inquestionável dentro desta discussão, Haber destaca que o texto ainda funciona melhor para um grupo seleto de pessoas.
— É muito comum as empresas buscarem trabalhadores com deficiências consideradas mais leves, que não impliquem em grandes modificações de infraestrutura — observa ele.

Ou seja, a solução de não investir em prédios acessíveis é contratar pessoas com deficiência com deficiência leve e não dará o menor trabalho. Qual Mcdonald vai contratar um cadeirante para, pelo menos, ficar no caixa? Qual loja vai contratar uma pessoa cadeirante para ser vendedor? Eu digo cadeirante, porque a minha realidade é ser ou não cadeirante. Porque só há uma exigência para as empresas obedecerem a essa lei: um deficiente que fala bem, se locomove bem, tenha boa aparência e seja uma pessoa com uma certa experiência. A pergunta inevitável é: em que mundo esses empresários ou CEOs estão, em achar que existem pessoas com deficiência desse porte? Acho engraçado a FIESP botar um “pato” gigante dizendo não querer pagar o pato – e não pagou mesmo, porque roubou do artista lá – e querer ética na política, se não cumprem uma lei tão simples como esta.  Ainda pior, disfarça contratando pessoas que quase não tem deficiência, mas são considerados como pessoas com deficiência e a não especificação da porcentagem de cada deficiência, colabora com isso.

O grupo de profissionais com deficiência intelectual é um dos mais negligenciados. O Instituto Mano Down tem entre as atividades a inserção de pessoas com síndrome de Down no mercado de trabalho e esbarra cotidianamente neste bloqueio. Como relata o presidente da entidade, Leonardo Gontijo, o preconceito é escancarado nas solicitações de algumas companhias.
— Já nos procuraram pedindo um profissional para constar no quadro de funcionários em função do cumprimento da lei, mas que não precisaria ir trabalhar. E houve solicitações em que eram requisitadas pessoas com um “grau menor” de síndrome de Down, uma classificação que simplesmente não existe — conta ele.

Sinceramente, eu não vejo que uma deficiência seja mais negligenciada do que a outra, mas com certeza algumas mesmo mostrando que não deixam a dever a dedicação, as pessoas ainda são discriminadas. Com certeza a síndrome de down e o autismo é muito discriminado, assim como as pessoas cadeirantes que não conseguem serem contratados. Isso, as empresas são bem democráticas. Isso passa pelo sistema ético e o sistema moral de uma cultura, lá fora as pessoas com deficiência tem uma vida quase normal, quase que não existem barreiras. Porque é respeito pelas leis e o respeito pelo ser humano. Mais uma vez, é muito fácil as pessoas pedirem ética e quando pedem para cumprir uma lei, fazem isso. Então, ninguém pode falar de ninguém.

— O número de pessoas com deficiência na universidade aumentou 500% entre 2004 e 2014. Isso já é uma resposta às demandas das empresas. Mas as organizações também precisam entender que nem sempre a pessoa está 100% pronta e podem se flexibilizar neste aspecto — salienta ela.

A consultora Tabata Contri tem um discurso diferente da atriz Tabata Contri, porque ela viu que eu falava era verdade, porque ela sempre criticou meus textos e chamava de  “pessimistas”. Não. Eu estava alertando exatamente com dados que eu mesmo via e não era “palpite”, ainda hoje as pessoas não contratam as pessoas com deficiência porque não querem. 500% é mais que a demanda que precisava para cumprir a meta. Eu desafio a Tabata e a dona do I.Social a me mostrar um publicitário com alguma deficiência, levantar dados de instituições e órgãos públicos que contratam pessoas com deficiência. Porque a lógica é clara, se nem as instituições de reabilitação e nem órgãos estatais cumprem a lei, muito menos empresas particulares vão cumprir a lei. Afinal, por que iriam? Isso passa por situações éticas muito serias, pois, isso não é uma campanha como não fumar ou não beber antes de dirigir, a lei de cotas é uma lei, não é um pedido e nem uma meta, é uma LEI e as mesmas pessoas que me criticaram viram que eu tenho razão.


A definição de LEI é bem clara, porque segundo a Wikipédia, lei vem do latim ligare que significa “aquilo que liga” ou ligere que significa “aquilo que se lê” e é um conjunto de normas recolhidas e escritas, baseadas na experiência das relações humanas, que servem para ligar os fatos ou os acontecimentos ao direito, em ordem a paz social. Ou seja, perante um determinado fato, a norma adequada e diretamente ligada a ele, mostra a quem deve ser atribuída a legitimidade ou razão, e assim, desfazendo o equívoco. Qual o equívoco nesse caso? As empresas não estavam contratando essas pessoas por razões diversas e já em 91, o Brasil estava atrasado nesse aspecto. A questão sempre passa pelo crivo da acessibilidade, seja em matéria do que se entende como acessibilidade do prédio, seja em matéria da acessibilidade do próprio trajeto.



segunda-feira, 12 de junho de 2017

Filia e Eros – amor sem hipocrisia.




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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

Por muito tempo eu venho pensado sobre o amor entre dois indivíduos e cheguei a uma conclusão, o amor é muito mais complexo do que a nossa linguagem pode explicar. Para explicar o amor precisaríamos de uma metalinguagem, uma linguagem muito além do que temos, porque o amor não é só sexo e também não é só amizade, o amor é as duas coisas em uma só. Mas é muito mais do que isso, só que não temos termos para abarcar isso. Então, podemos explicar o amor em linguagem simples e dizendo que amor é a vida, é o tesão do outro enquanto ser que atrai, mas ao mesmo tempo, o amor é a amizade enquanto ser que convive. Se você só tem tesão, não só é uma coisa animalesca, como é uma coisa que não vai completar o amor. Se você só ter a amizade, então, o amor fica meio sem sentido e os dois são apenas amigos. Os gregos tinham três tipos de amor: FILIA é o amor amizade, EROS é o amor sexual e o AGAPÉ que é o amor desinteressado que o cristianismo colocou como caridade.

No caso do meu texto aqui, acho que AGAPÉ é um amor muito sublime só amado por espíritos muito superiores e que não tem egoísmo. Então, como simples mortais em encontro de uma consciência plena, vamos usar FILIA e EROS como referência nesse debate (sempre acho que dentro da filosofia, temos sempre debates). Se o amor é o tesão e a amizade enquanto uno, então, por que as pessoas não têm paciência, às vezes, com o outro? Por que existem pessoas que exigem do outro o que ele não é? Ora, isso é o que chamamos de amor idealizado, o amor que busca aquilo que não é a essência do outro, mas apenas a idealização do outro enquanto a fantasia que você faz dentro da sua mente graças a inúmeros fatores que você fez essa imagem. A imagem egoísta sempre é a imagem de uma pessoa que não ama, ela quer o ideal e mais cômodo para ela, o mais cômodo é o mais sensato apenas para a pessoa. A essas pessoas eu tenho uma coisa a dizer: o universo nem está aí com vocês, você para o universo não é nada e apenas faz o que você tem que aceitar, você não é a “bolacha mais gostosa do pacote” diante da vida. Não haverá o ser perfeito a ninguém, isso é jogo de publicidade e a publicidade usa aquilo que desejamos e o amor não é só aquilo que desejamos, mas aquilo que desejamos e queremos por vontade.

Por que esteticamente, temos amor  por quem não é perfeito? Porque sempre nos ligamos aquilo que nos atrai e não aquilo que idealizamos, por exemplo, você pode ter a mais linda namorada do mundo, a melhor esposa, toda gostosa, ter um esposo todo bombadão e tal; você só está tendo o EROS que é o tesão, só com o tesão você terminara rápido o relacionamento, porque não há conversa. No mesmo modo, um relacionamento só com a FILIA é um relacionamento que não terá o momento a dois dentro do afeto, só terá o instinto reprodutivo. O que diferencia do homem dos outros animais? A consciência. O raciocínio animal é instintivo, o cachorro quando a cadela está no cio, obedece ao caminho de feromônios para a copula. Acho errado achar que o amor tem um feromônio, porque o ser humano evoluiu graças a consciência, graças ao conhecimento da sua própria realidade. Além de outros fatores metafísicos como a alma e o espirito, que nos animais habita bruta e ignorante, mas no homem, essa mesma alma tem a consciência necessária para se perceber e perceber toda a realidade.  O sentimento e a racionalidade são a verdadeira essência do homem, porque a racionalidade e o sentimento são a consciência, porque com a racionalidade eu penso para ter certeza que eu existo, o meu cogito vai dar significado a minha existência. Sem a racionalidade, não somos e se EU SOU é graças ao cogito que é o EGO verdadeiro. Os sentimentos são aquilo que significa como significante, porque se com a racionalidade EU SOU, com o sentimento dou o significado ao outro como SER que é. Trocando em miúdos, o sentimento são símbolos inconscientes daquilo que a alma fara simbolicamente, como significado. Ou seja, o EGO é a priori do inconsciente, porque o significado sempre terá que ter o significante. O significado é aquilo que significa, o EU SOU, o significante é aquilo que seria para nós o EU ESTOU.


Ora, o que atrai é o simbolismo do tesão do instinto, a racionalidade humana, na maioria, é instintiva. A racionalidade é aquilo que EU SOU, o EGO que tem que ser saciado com o prazer de se sentir o gozo daquilo que só se satisfará por mim mesmo. O EU ESTOU, é aquilo que reconhecera o outro como o simbolismo daquilo que o ser, o ser é absoluto, logo, o gostar é se sentir atraído e ver o outro como um ser que te completa. O intuito é aquilo que atrai, o sentimento é aquilo que expande e dar significado aquilo que atrai. Se amo minha noiva, por exemplo, é aquilo que atrai e aquilo que sinto, porque o que atrai é o significado, aquilo que sinto é o significante. Não é à toa, que o filósofo Pascal disse que o coração tem razões que a própria razão desconhece, porque o coração é o que sentimos e que nos é significante. Há um erro enorme em colocar à vontade na razão, porque a vontade é o sentir que podemos e não podemos estar, o objetivo que nos leva ao objeto ou ao ser que nos é importante. O amor é o fogo (logos) que arde (mudança) sem ser ver (sentir), como diria Camões.  Na verdade, o poema de Camões no leva a tudo isso que falamos – mesmo que esse poema seria para uma dama meretriz (para sermos educadinhos) – porque fala da razão e ao mesmo tempo, fala do sentir e trazer o amor sempre ao nosso próprio favor. 




domingo, 11 de junho de 2017

A ética e o dever – Pressupostos errados do supremo




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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

A ética é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Assim é o que está no Google e mostra como não sabemos o que é um ato ético, porque se um ato ético é refletir sobre a realidade social (com todos os seus valores), como o ministro Gilmar Mendes disse que a justiça não pode ser as das ruas? Então, há o pressuposto que atos éticos devem atender pressupostos do ESTADO? A lógica é clara dentro do ESTADO, nenhum governo fara leis e determinações que não atendam ao próprio ESTADO. A utopia do ESTADO de direito é ainda achar que o mesmo vai fazer determinações que são contra ele mesmo. Eu não acredito em NENHUMA forma de governo, seja militar, seja democrático e muito menos, socialista. A interferência do ESTADO é desastrosa para o ser humano que deve ou deveria ter autonomia para si.

O dever veio do latim “devere” e significa a obrigação moral e determinada, expressa em uma regra de ação (escolha de um ato). Seria o princípio da ação que se apoia a razão e muitas vezes, usados como sinônimos as duas palavras “dever” e “obrigação”.  Esses dois termos podem ser empregados com significados diferentes: enquanto obrigação designaria a necessidade moral que vincula o sujeito a proceder em determinado modo. O dever significaria esse procedimento a que ele está obrigado. Ora, obrigação seria o aspecto formal e subjetivo e o dever o material e objetivo da mesma realidade global. Ainda segundo os estoicos, o dever na sua origem pertencia a uma ética fundada na norma do “viver segundo a natureza”, ou seja, conforma-se à ordem racional do todo. Eles não estavam se referindo a felicidade, nem ao se conformar à ordem racional do todo. Isso já era o suficiente para pautar o comportamento de cada ser humano. Não se referiam à felicidade ao prazer ou à conquista de virtude; simplesmente alimentava a crença que, havendo uma lei natural, a conduta humana nela seria alicerçada. Sócrates, Platão e Aristóteles, filósofo gregos da Grécia clássica, deram outro verniz ao dever; embora aceitassem a conformação com a ordem racional do TODO, procurarem relacioná-lo com a felicidade e a pratica das virtudes.  Colocavam a busca da felicidade (eudaimonia) no centro da vida moral. Para eles, o homem feliz é aquele cujo divino (daimon) é virtuoso.   Esta foi a concepção que permaneceu ao longo da história.

Normalmente, o dever dentro direito e o dever frisado por Immanuel Kant (1724-1804), onde ele faz uma distinção bastante significativa entre o que seria moral e o que seria legal (lei). Para Kant, quando agirmos moralmente não dependemos somente de uma conformidade com a lei, mas agirmos com uma intencionalidade. Assim, agir moralmente, significa agir de acordo com que a lei moral possa determinar imediatamente com a vontade. Essa determinação ocorre mediante com o sentimento, a ação poderá ser legal, mas nunca moral. Kant chega a dizer que é necessário agir mediante o “espirito da lei”, e não apenas com o que está escrito. Porque, toda a ação inclinada ao que é sensível, tem como base um sentimento. Ou seja, Kant diz que a vontade se submete a lei pela consciência que temos dessa lei e pelo sentimento de respeito a ela atribuímos. Assim, a relação com a lei se dará, portanto, numa atitude de respeito, e o respeito constitui em sentimento moral. O próprio Kant diz:

“E assim, o respeito pela lei não é o móbil da moralidade, mas é a própria moralidade subjectivamente considerada como móbil, ao passo que a razão pura prática, ao recusar, na oposição ao amor de si, todas as suas pretensões, confere autoridade à lei, que é a única a ter agora influência”.

Kant quer dizer que o respeito pela lei não é devido a causa da moralidade, ou melhor, da origem da moral (costumes). Mas esse respeito tem que ser a própria causa da moral subjetiva, não pode atender a interesses ao amor de si mesmo, você tem, como autoridade da lei, ser influenciado somente pela lei. Será que esqueceram Kant? Será que ao julgar crimes provados não ouve interesses por trás disso? Ainda Kant dizia que o homem era o único digno de respeito, no entanto esse respeito não decorria de sua posição social, bravura ou poder, mas do seu caráter. Assim, diante de um chefe poderoso, se pode ter medo, se espantar ou até admirar se ajoelhando, mas nunca seu espirito deve fazer isso. Porém, diante de um homem de condição humilde, mas de caráter moral digno, pode até ignora-lo ou se sentir superior a ele, mas poderemos negar a ele o respeito. Para o filósofo a lei moral:  “sem nos prometer ou ameaçar algo com certeza, exige de nós um respeito desinteressado”.

Você mostra para um homem de direito isso e ele começa a dizer que Kant era um idealista como a maioria acha, porém, quando você olha a nossa cultura com bastante cuidado, vai achar coisas que são contrarias a essas leis morais. Quando você escreve, você tem que escrever sempre agradando o povo, quando você aparece em público sempre você tem que puxar o saco de alguém ou dizer algo que agrade a maioria. Venho dizendo isso a muito tempo, que juízes, políticos ou gestores públicos não vieram de Marte, tiveram a mesma educação do que a nossa. O que diferenciou nesse processo? O caráter. Ética tem o significado de caráter, caráter que se dará junto com a moral, ou seja, a nossa moral deveria ser sempre um dever dentro das decisões judiciais. Ainda citando Kant temos:

“Dever! Nome grande e sublime, que nada em ti incluis de deleitável, trazendo em si a adulação, mas exiges a submissão; no entanto, nada ameaças que excite no ânimo uma aversão natural e cause temor, mas, para mover à vontade, propões simplesmente uma lei que por si mesma encontra acesso na alma e obtém para si, ainda que contra a vontade, veneração (embora nem sempre obediência) lei perante a qual emudecem todas as inclinações, se bem que secretamente contra ela atuem (...)”

Se eu não devo, para agir dentro de uma moral irrestrita, me deixar levar a nenhum interesse, e porque devo agir somente pelo dever. O que temos como conceito de dever exige a conformidade com a lei objetivamente, ou seja, não o que ela representa a mim, mas o que ela é no seu objetivo claro dentro da regra. Assim, na máxima desta mesma ação (dentro do ato da lei), exige o respeito como o único modo de determinação da vontade por ela (a vontade) mesma. Acima estará sempre o céu estrelado, diria Kant, mas dentro de mim sempre estará a lei moral que rege todo o meu juízo. Para sabemos se as nossas ações são ou não ações morais, é necessário que indagamos a intenção dessa ação. Assim, a ação moral estará na intenção e não no resultado, porque a intenção é sempre o elemento que usamos para determinar nossa ação. Se determinamos objetivamente é moral, se determinamos subjetivamente, respeitando a lei, é legal. Aquilo que é legal é conforme a lei, mas não tem sua determinação nela, ilegal é o que está contrário a lei, assim ferindo ela (a lei) em sua natureza. A moral sempre é aquilo que é feito por dever, sempre determinado exclusivamente pela lei objetiva da razão, valido universalmente. Algo amoral é o que independente de uma determinação não fere a lei moral, mas é constituído sempre como uma pratica de costume de uma cultura como complementar uma pessoa, por exemplo. E a imoralidade é o que cai de encontro a lei moral e fere o princípio da moral, e assim, jamais poderá ser universalizado sem que continua, de imediato, uma contradição lógica.


Facilitando para entender: a moral é aquilo que é feito dentro do dever, mas nem sempre, podemos determinar dentro da objetividade da própria lei, ou seja, o objetivo que ela deve ter. amoral é sempre aquilo que está acima daquilo que é moral e não fere a lei em sua moralidade, mas é constituído dentro da educação de cada povo e seus costumes. E a imoralidade é o que cai dentro da lei e fere a moralidade e não será universalizado, porque contraria a lógica  da própria moral. Se um jurista segue a lei moral enquanto a natureza da lei, ele está seguindo a lei da moralidade e da justiça, mas quando ele, mesmo com provas cabíveis, não segue essa lei moral, ele em influência ao que ele acha. Ou seja, ao interesse que lhe cabe e não a natureza dessa própria lei moral. 



sábado, 10 de junho de 2017

A essência da realidade



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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

A realidade vem do latim “res” que quer dizer coisa, ou do grego “rei” que quer dizer aquilo que é mudado ou aquilo que passa. Ou seja, a realidade é aquilo que muda enquanto um conjunto de momentos que fazem um fato, um momento. Se a realidade é um conjunto de momentos, então, esses momentos mudam? Sim. Num conto que escrevi que está na plataforma do Wattpad, chamado “O Tempo Controverso”, eu escrevo sobre um cientista que trabalha numa máquina do tempo e como esse cientista volta ao passado e logo após, volta até o futuro. Daí chegaremos a uma conclusão que o tempo pode ou não mudar, conforme o predicado que se quer chegar dentro de um patamar mais na existência do ser. Ora, se o passado é uma lembrança e o futuro depende do que nós fazemos hoje, então, a ciência descobriu o que?

Existem alguns problemas dentro da realidade e dentro da eternidade, porque dentro desta realidade existe o tempo, a gravidade e a eternidade. O tempo é a sequência de fatos que são momentos. A gravidade é a atração dos corpos celestes a tudo que existe e a eternidade, são as formas que consistem em ideias. De uma forma ou outra, sempre as ideias não desaparecem e apenas se transforma. Numa palestra do filósofo Olavo de Carvalho, ele diz que se percebemos a estrutura do tempo, vamos perceber a simultaneidade dos momentos. Porque cada momento é eterno em si, pois, cada momento que se passou não poderá nunca ir para o nada. Em algum lugar, aquilo existiu, nem que seja por um segundo, então, nunca mais será um nada. Se estudarmos conjuntos matemáticos, o nada não existe e só uma incógnita dentro da nossa consciência, ou seja, quando não sabemos. Podemos dizer: “o universo veio do nada”, porque não sabemos de onde ele veio, mas não se pode concluir que o universo em sua grandeza, tenha surgido do nada com inúmeras formas de matéria. Então, porque os antigos insistiam que o universo criado era uma forma de ilusão? Porque os antigos vão dizer, que tudo é uma questão de campos vibracionais que podem ou não, coexistir?

Não à toa, que Platão, vai dizer que só aqueles que saberiam matemática, poderiam entrar na sua Academia. Mas a noção do grego antigo para a matemática era só geométrica, porque a aritmética só foi encontrada pelos árabes muitos séculos depois. Mas na matemática a incógnita é uma grandeza ou quantidade desconhecida, mas que pretende descobrir para resolver um problema. Qual o problema nesse caso? Um problema é definido como uma questão que necessita de uma resposta, assim quando surge esse problema, para uns já tem a solução, para outros não há ou não tem ainda uma resposta. Dentro da filosofia, é qualquer situação que inclua a possibilidade de uma alternativa. O problema ao ser solucionado, dentro da filosofia, não deixa de ocorrer o conceito de problematicidade. Ou seja, é a constatação de que um fenômeno observado não tem sentido único, pode conter várias alternativas. Na matemática, a noção de problema veio como uma distinção do teorema. Esta visão diz respeito a algo que parte de uma observação dentro de algum conhecimento prévio na tentativa de ser conceber algo que ainda está desconhecido. Já Aristóteles, filósofo grego, observava no campo da dialética (um método de um diálogo que usa a contraposição ou a contradição), dado um problema que constaste, o indivíduo buscara a escolha ou a recusa, e na ordem teorética, a decisão de verdade ou de conhecimento. Ainda, o problema pertence ao campo da dialética é fundamental, pela esfera do discurso provável, aonde não há verdade absoluta, onde há ainda a ciência.

O que vou usar é o problema filosófico usando, talvez, elementos matemáticos. A origem de tudo sempre foi um problema da filosofia, porque sempre o ser humano, se perguntou de onde veio tudo e de onde viemos. Hoje, a filosofia – que acho errado – está atrelada dentro da ciência empírica, que causa, certa limitação quando começamos a questionar a origem e o porquê de tudo. De um ponto de vista da matemática, usamos o conceito do NADA sempre equivalente ao de “conjunto vazio = Ø”, que é definido como um conjunto que não possui elementos, e sim, o Axioma da Especificação ou da Separação. O Ø é um elemento do conjunto de subconjuntos de um conjunto, por exemplo, dados dois conjuntos y e z, podemos saber que o Ø (x,y,z) = (x Є y), existe um conjunto w, tal que x Є w <=> x Є z Λ Ø. Assim, nós garantimos a  interceção dos conjuntos, o NADA seria um desses elementos de tudo, ou do Universo. Este Axioma não encontra na Física uma base solida para demonstração.

Já na Física, existem conceitos que deveríamos ter em conta: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo seria um espaço que não existiria nenhuma matéria, nem solida, nem liquida, nem gasosa, nem o plasma e nem a matéria escura. Porém, existem indícios de campos elétricos, campos magnéticos, campos gravitacionais, a luz, as ondas de rádio, as ondas de raio X e outros tipos de radiação. Ainda o vácuo possui energia e as suas flutuações quânticas podem dar origem a pares de partículas e antiparticulas, então, não será uma abstração, porque lá pode existir energia. O vazio é definido como um espaço que não contém nenhuma matéria, nem campos eletromagnéticos e nem radiação. Mas há o espaço, onde existe a possibilidade que caber algo dentro desse vazio, ou seja, mesmo que o vazio não contém nenhuma matéria ou energia, seja ela eletromagnética ou nuclear, existe uma incógnita de poder ter alguma coisa.  Mesmo assim, não podemos saber se dentro do universo existe o vazio, porque o que sabemos até então, é que o todo o espaço (que conhecemos), mesmo que não tenha nenhuma matéria, é sempre preenchido por energia eletromagnética e radioativa. Agora o conceito do NADA dentro da física refere-se à inexistência de qualquer coisa, seja ela de qualquer natureza. O NADA não existe nem o próprio conceito do espaço vazio, onde eventualmente, pudesse caber algo. A lei físicas aplicadas a qualquer existência de algo, sejam a conservação da energia, o tempo ou o espaço, enquanto lugar com a possibilidade de localização. Portanto, o NADA seria um não-lugar, não-tempo, não-energia, isto é, nenhuma coisa pode estar no nada.

Acontece que na filosofia, o Nada é tratado de maneira muito diversa e não adianta achar um padrão, sempre o NADA não terá uma resposta consensual. Por exemplo, Kant dizia que o NADA é um pseudoproblema, Bergson que o NADA não existe, mas é concebido por operações mentais. Já para Sartre, o NADA tem existência real em oposição ao ser., portanto, na filosofia, como busca do saber, o NADA não tem uma concepção única e que responda a isso tudo. Ora, voltamos para a questão do Olavo de Carvalho que em algum lugar, aquilo existiu, nem que seja por um segundo, então, nunca mais será um nada. A questão pode ser perguntada assim: aonde “aquilo existiu”? Há um erro nesta mesma palestra sobre realidade, pois, Husserl e Descartes não falam de mente, falam em consciência. A mente é aquilo que é, a consciência é aquilo que percebe.

Ora, se não há uma resposta definitiva e todas as coisas levam a não-existência do NADA. Se o NADA não existe, então, como poderemos atribuir o aparecimento o universo do NADA? Mais ainda, se todas as coisas existem em realidade, como temos coisas que fantasiamos que não existem? Se a eternidade não existe, talvez, devemos nos indagar aonde apareceu tal ideia. Essa é uma questão de intuição e conhecimento, pois, se tenho uma intuição que aquilo existe, terei o conhecimento que aquilo existe e já eu dando o nome para aquilo, eu já estou dando a existência daquilo.  Chegamos, mais ou menos, na questão de Heidegger quando ele pergunta: *por que existe o ser e não o nada? ”, ou melhor; *por que existe afinal ente e não antes o nada? *. São perguntas bastante relevantes. Porque a questão do ser é uma questão dês de Parmênides, que sem dúvida, foi uma grande inspiração para os existencialistas. Pois, para Parmênides, o ser deve ser único porque se existir algo junto ao ser, só poderia ser o não-ser e o não-ser não é, não existe.  Também o ser que não muda não é o ser, porque o ser é aquilo que é, e aquilo que é pode a ser dentro das mudanças do tempo, as mudanças consensuais. Evolui.  O ser é uno, imóvel e não-criado.

Podemos dizer que o ser enquanto um (único), é único enquanto aquele que tem a consciência. Consciência significa “com conhecimento” enquanto aquele que conhece a realidade, se conhece a realidade intui tudo aquilo que é, que pode existir. O existir é, porque na essência, o existir está atrelado ao pensar e ao perceber. Por isso a realidade tem a ver com a existência e a existência ao ser, e por que não, a finitude e a eternidade. Mas ainda temos que responder Heidegger na sua pergunta “por que existe afinal ente e não antes o nada? ”, porque o ente é aquele que é e o nada é aquilo que não é. Ou seja, o não-ser é o nada no sentido de não existência enquanto aquilo que não somos, o ser é o ente é aquilo que somos enquanto essência do ser enquanto é. Parmênides está falando do ser quando diz que o ser é, porque se A é o ser, e B não é, então B é não ser, não é. Assim, se argumenta, que todo esse discurso era para falar do entes e levava a negação do devir, que os antigos não conseguiam explicar.

Numa forma escolástica – não tão bíblica – o ser é absoluto e não pode ser aquilo que não é. Porque o ser é tudo que existe, por exemplo, uma cadeira é, uma mesa é, um tênis é, um mundo é; ou seja, a questão do ser é universal e única. Se o ser é, o ser só pode ser aquilo que é em sua própria natureza e existir é parte da realidade do ser. Então, partindo do pressuposto escolástico, o que o Olavo de Carvalho diz que é a realidade é no sentido do ser como ente absoluto e quando sabemos que somos absolutos, sentimos a eternidade. Porém, quando tenta explicar – como disse acima – a filosofia cartesiana, se enrosca bastante. Primeiro, Descartes enquanto filósofo, era envolvido com a escolástica e não disse diferente do que essa filosofia, pois se temos uma consciência que pensa, temos um meio que será o corpo pensante. A velha história do significado e o significante. Aquilo que significa vou reconhecer como real como objeto daquilo que reconheço como real, por exemplo, esse texto é real enquanto processos codificados do meu notebook. O significante é aquilo que significa como importante dentro da nossa realidade, por exemplo, um gato é um animal irracional que não tem consciência nenhuma sobre seus atos; mas existem pessoas que dão aos gatos, sentimentos humanos que tem significado para nós mesmos. O que Descartes disse é que se eu estou dando o significado estou percebendo toda a realidade, mesmo que eu não acredite que essa realidade existe, não posso duvidar de mim mesmo. Por que? Porque sou o ser absoluto que não tenho um significado, eu sou o significado para mim mesmo e a realidade é fruto da minha própria consciência. Uma cadeira, por exemplo, esteticamente pode ser bonita para mim, mas pode não ser bonita para você.

Outro erro nos estudantes de filosofia é tratar o caso de Parmênides e Heráclito como antagônicos e não vejo assim. Os dois complementam em uma só realidade, porque o ser é enquanto é, mas ao mesmo tempo, o ser muda enquanto ser consciente do seu juízo. O próprio Paulo de Tarso relata isso quando diz que quando era menino tinha linguagem de menino, quando virou homem, tinha linguagem de homem. Enquanto ser que pensa, tem juízo, logo existe em si mesmo, ou seja, respondendo à pergunta heideggeriana, o ente existe e não o nada, porque a consciência (com conhecimento) existe enquanto ser que não pode conceber o nada, porque a consciência é absoluta. A vontade é o processo casual do objeto é o significado desse objeto, então, o objeto em si mesmo é o objetivo daquilo que é e aquilo que é, é aquilo que quero chegar. Talvez, podemos usar a lógica da linguagem, quando eu digo “uma maçã vermelha” eu sei que aquela maçã é vermelha; existe o sujeito que tem o significado, aquele que a consciência levou ao objeto; ao mesmo tempo, existe o predicado que é o significante, o objeto e suas qualidades. Assim, quando Heidegger faz a pergunta, ele quer saber porque somos antes de não ser, porque sempre somos e sempre seremos. Mesmo que a nossa consciência não perceba, que no caso, seria quando nascemos.


Podemos concluir, que a realidade é aquilo que significa enquanto aquilo que existe, o significado que ela tem e o significante que ela pode dar nos objetos e no pensar enquanto significado da realidade. O tempo pode ser energias sutis que ainda ficam no universo, como um eco daquilo que não existe mais, ou pode ainda existir em uma outra dimensão. As escolhas são o que temos de melhor, porém, escolhemos sempre o que somos e os valores que temos. É isso. 


terça-feira, 6 de junho de 2017

O reino do “coitadismo” patológico







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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

Eu deixei de nutrir algum prazer de estar numa luta social, quando o povo do segmento das pessoas com deficiência rejeitou meu livro O Caminho, só porque não “endeuso” as causas festivas que arrumam para fazer seus encontrinhos e seus eternos conceitos ala “AACD”. Sim, fazem o REATECH um super encontro de “deficientinho carente” e não enxerga que aquilo deveria mostrar tecnologias que deveriam ajudar as nossas necessidades e não vi em todo Facebook criticas maduras e com embasamento adulto, sobre a feira e só vi fotinha infantil. Só uma crítica muito bem embasada estava embolsando o descontentamento da feira. Isso não é um problema só das pessoas com deficiência e sim, da nossa cultura que não gosta que as pessoas não gostem dele e te olhem com cara feira. Ora, como diz o ditado: “cara feia para mim é fome”.

Minha forma de crítica é a forma filosófica e não do senso comum. Porque ser crítico não é “falar mal” apenas por falar, e sim, um olhar com imparcialidade para todas as coisas e ideias, sejam elas nossas, dos colegas ou de um outro filósofo famoso. Esse olhar imparcial é um olhar para poder avaliar se são verdadeiras ou não as premissas ou os motivos que levaram a um ato, aceitar e sempre estar na nossa “zona de conforte”. Ser um crítico não é ser um sujeito “metido” e sim, uma pessoa que pode ser crítica e seguir as convicções da maioria. Um crítico não diz um “não” só para ser o “diferente”, ser crítico é dizer “sim”, “não” ou “talvez”, sempre com base em argumentos bons e sólidos.  Se critico alguns comportamentos, não é que eu não vou me comportar daquele jeito, mas a minha crítica é no intuito de sair da zona de conforto – que sempre existe para agradar outras pessoas – para ter acima de tudo, uma análise daquele comportamento. Perguntas deveriam ser feitas: o porquê existe a REATECH? O porquê as pessoas doam dinheiro a instituições sem ao menos, perguntar para aqueles que fizeram tratamento lá, se vale mesmo a pena doar? O porquê existe campanhas de respeito as pessoas com deficiências, campanhas de respeito a homossexuais, negros, nordestinos e entre outros? Será que fazendo campanhas de pessoas com deficiência nuas, vai despertar a imagem de pessoas sexuadas?

Existem várias analises que não são feitas e quando são, são feitas de maneira errada. Minha análise tem ferramentas muito importantes e que não deixam cair no senso comum, sempre com analises profundas e coerentes. Minha análise é simples: o objeto filosófico é o básico do cotidiano e fazer as perguntas certas num momento certo, como o “porquê” o meu livro não teve tanto sucesso. Ele foi escrito dentro de uma ótica cotidiana, linguagem fácil, teve todas as formas possíveis e não possíveis de marketing e todos sabem que existe. Daí, talvez, posso chegar à conclusão que ou as pessoas não sabem comprar no site, ou acham o livro muito caro para ser comprado. Mas eu posso perguntar: “bom, todas as livrarias que pesquiso são do mesmo preço. Por que o povo compra aquele que até é mais caro, e o meu não? ”. O método (vem do grego methodós, que quer dizer “caminho”), é uma troca de argumento, uma discussão de ideias e a reflexão desse “porquê” nesse caso. Então, podemos dizer que o site pode ser difícil de comprar, mas houve uma pesquisa em outros sites (como o Amazon e a Saraiva), que é o mesmo processo de compra e o envio. Ora, chegamos a conclusão que é desinteresses ou uma ideia errada do livro: se for desinteresse é uma forma velada que as pessoas com deficiência não podem e não querem ler, que seria chamar e se chamar, de pessoas infantis. Se for uma ideia errada, então, é “burrice” mesmo, porque nem todos os romances são livros românticos, uma prova disso é o romance “Por quem os sinos dobram” do escritor estudanense, Ernest Hemingwa que se trata da guerra civil espanhola. A guerra é romântica?

Podemos analisar dentro da ótica de qualquer coisa assim, de quem votamos, até de quem gostamos. Hoje se fala muito em ser éticos, mas poucos sabem o que é a ética de verdade, como ela funciona e o “porque” ela existe. Mas para votamos em um candidato a presidência da república não basta ter ética e honestidade, tem que mostrar preparo, tem que saber de tudo um pouco. Para doar a uma instituição tem que saber como ela opera, tem que saber o porquê ela opera, e para quem ela opera. Para ir num evento tem que saber o porquê da sua existência, o porque isto é importante para aquela parcela de pessoas que vão ali. Senão, vão achar que essa mesma parcela se conforma com tudo, se acha dona daquilo e vai fazer uma “Disneylândia”. A questão vai muito mais além, porque não é gostar ou não gostar, é saber e não saber o que aquilo significa e o porquê estou fazendo aquilo.


O lema do coitadismo são três: eu não posso, eu não consigo e não me deram.  Essas questões me levam a umas outras questões que estão enraizadas no estereotipo dos deficientes, como sermos eternas crianças e assexuadas. Se você não pode, não consegue e sempre quer que as pessoas te dão as coisas, porque estão querem transar e serem adultos? Não querem aprender, não querem analisar, não querem nada, então sinto muito, a sociedade nunca vai enxerga-los como pessoas. 





sexta-feira, 2 de junho de 2017

Como ser um intelectual em uma terra de “burros”





Por Amauri  Nolasco Sanches Junior

Primeiro eu vou explicar o que quero dizer com “burro” depois explicarei os motivos que me levaram escrever esse texto. O burro, como muitas pessoas sabem, é um animal muito forte, mas muito difícil de lhe dar por motivos do seu instinto. Se o burro vê que não dá e corre perigo, ele empaca naquilo e você pode puxar ele a vontade que ele não dará um passo sem precaver desse perigo. A questão do burro não é a ignorância de não saber nada – que pesquisas mostram que o burro aprende depressa o caminho – o problema é que empaca demais em certos caminhos e não avança em nada. Acho que é esse o caso do nosso povo, empacou no passado, empaca naquilo que é mais cômodo para ficar um pouco mais “fácil” para ele lhe dar com a situação. A situação é essa: não sabemos votar, não sabemos escrever, não sabemos da situação política mundial, não sabemos nem expressar nossas ideias, não sabemos nem seguir as nossas ideologias religiosas e políticas.

Pra começar, não sabemos votar. Votamos não em um plano melhor no nosso país, mas votamos ideologicamente. Como eu sou libertário (vulgo anarcocapitalista), tanto faz o assaltante de gravata, ele é um burocrata que vai dificultar o máximo você ter dinheiro e bem-estar. Ele nunca vai olhar para você como um ser humano, mas vai olhar para você como mais um de uma multidão de milhões de eleitores. Esqueçam os sorrisos. Esqueçam ele no meio do povo (que acontece em quatro em quatro anos); isso é marketing e para entender isso, tem que entender de marketing como eu que sou publicitário. Dando uma explicação básica, marketing vem da palavra “Market” que pode querer dizer mercado, ou “to Market” que é o verbo comercializar. O “ing” é um sufixo de ação que está acontecendo agora, neste instante e então, podemos traduzir o termo como “a ação de comercializar agora” (bem apropriado aos políticos, né?). Assim, fazer marketing é sempre agregar todas as funções necessárias que fazem que um produto, ou um serviço oferecido por uma empresa, possa ser adquirido pelo consumidor. Junto com isso existe os 4 Ps: Preço, Praça, Produto e Promoção.

Qual é o preço de se votar no sujeito? O voto. Se você comprar as ideias e os planos que ele prometeu, você estará comprando o seu plano de governo. Qual é a praça nesse caso? O beijo na criança, o aperto de mão do velhinho, a casa que entrega quando ainda governa, é a praça aonde ele atua para oferecer um plano – que supostamente é para o seu bem, que para mim, é um perigo essas pessoas que querem o “bem” dos outros – e você escolhe se compra ou não esse plano com seu voto. O que seria o produto? Bom, sabe aquelas empresas que você entra e não tem um produto definido como concreto, mas te oferece ganhos se você der x de valor? Seria o mesmo caso. O político não tem um produto concreto como proposta, tem promessas e mais promessas, que na maioria das vezes, nunca se cumprem. Que é a promoção? Assim: “se você acreditar no meu plano de governo, te farei uma pessoa mais feliz”, simples assim.

 Não sabemos a situação política mundial, porque sempre achamos que a direita e esquerda lá fora é igual daqui. Quem em sã consciência iria dizer que uma Hilary Clinton era socialista? Nos EUA, a direita e esquerda é completamente diferente do que a direita e esquerda daqui, porque a organização eleitoral daqui não é a mesma de lá. Por exemplo, colocaram meio na marra o liberalismo na direita aqui, mas quase no mundo inteiro, os liberais além de não serem conservadores (só ler entrevistas do Scruton), ainda são de esquerda. O liberalismo e o libertarianismo são de esquerda pelo simples fato que se há uma mudança de paradigma, há uma mudança de política econômica e cultural. Conservadores não querem uma mudança da política (a bancada ruralista e a evangélica), e nem na economia, e muito menos cultural, se houver uma, tem que ser por meio de muitas analises e um certo “cuidado”. Se você é um liberal conservador, você estará deslocado tanto no liberalismo, quanto ao conservadorismo.

Não sabemos expressar nossas ideologias políticas ou religiosas.  Ideologias políticas são estudos importantes para entender o processo político do nosso país e mundialmente, porque senão, vai passar vergonha. Nossa política tem algumas ideologias, como as ideologias liberais mistas (porque introduzem uma economia keynesiana), porque o liberalismo   não sobem os juros, não tem o extremo controle do ESTADO na economia e nos meios de produção. A economia baseada em Keynes é uma economia totalmente controladora e restrita a uma só solução, então, não podemos dizer que o governo brasileiro é verdadeiramente, liberal. Temos o “ruralismo” que é a parte do conelismo que são as famílias que controlam a maior parte da produção pecuária, agrícola e porque não, os sertões nordestinos e nortistas. Depois, tem a esquerda socialista, a esquerda democrática social, a esquerda da mobilidade democrática brasileira. Na verdade, a única ideologia de direita é os ruralistas e a chamada bancada evangélica, o resto é esquerda mesmo (por causa da sua ideologia econômica).  E tem um povo por aí, que se acha inteligentinho que está pedindo a volta da monarquia (num processo histórico meio a reversa, porque querer a monarquia é retroceder), ou está pedindo intervenção militar. Para temos a volta da monarquia tem que ter um plebiscito, um plebiscito não vai acontecer porque não temos tempo, não temos dinheiro, não temos um acordo em comum na classe política e convenhamos, o Brasil está no século vinte e um e querer a monarquia é querer a volta ao medievalismo.

A intervenção militar é uma outra questão que exige intervenção diplomática, exige apoio internacional, exige liberação da ONU e convenhamos, o exército é uma defesa da nação e não pode ser usado como uma espécie de polícia. Você pedir ordem é você achar meios de fazer funcionar as instituições que devem punir os corruptos, punir aqueles que não respeitam as leis que regem o país. Além, claro, que após a segunda grande guerra, várias convenções foram criadas no intuito de não ter intervenções (só aquelas “de baixo dos panos” para conter avanços ideológicos danosos ao capitalismo selvagem, danosos aos interesses a grandes nações e as grandes instituições), que garantam certos direitos humanos e a proteção um pouco humanitária, mesmo que em alguns casos, isso não funciona. Depois o Brasil é muito importante para a economia mundial para sofrer uma perca na autonomia dentro de um sistema democrático, onde uma intervenção, acabaria com a compra e venda de alguns itens de matéria prima de importantes empresas mundiais. E outra coisa, todos nós sabemos que em 64 era uma outra realidade, era uma realidade pós-guerra, onde o comunismo avançava na América Latina e os norte-americanos buscavam hegemonia. Saber de história antes de dizer bobagens, é essencial e não acreditar em blogs que usam o anseio alheio, tendencioso em outras palavras, para ganhar dinheiro em cima.

Já disse que se tem que saber de ideologias políticas, agora tenho que dizer sobre ideologias religiosas. Existem três religiões predominantes no Brasil – mais as de berço africano – o catolicismo, o protestantismo e o espiritismo, o resto, só pega carona. Basicamente, o catolicismo foi fundado pelo imperador Constantino I no século terceiro e é uma religião romana, os santos são os deuses romanos, os dias festivos sãos os dias festivos romanos (do império), as leis dos reinos que vieram depois foram fundadas dentro do direito romano. Nós que viemos de uma cultura latina (Portugal era uma província romana que pertencia a Espanha, Portugal veio de “portugale” que queria dizer “porto gaulês”), somos herdeiros de um catolicismo muito forte e assim, muitas religiões se mesclarem de alguma forma a maneira de pensar católica. O protestantismo foi fundado pelo teólogo agostiniano alemão Martinho Lutero no século quinze, quando pregou as suas cismas na igreja e criou uma revolução, a revolução protestante, onde se quebrou a hegemonia católica. Seguindo sua linha o teólogo francês João Calvino que colocou o protestantismo na França. Basicamente, o lema protestante deveria ser: “Sola Scriptura, Solo Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria” que numa tradução ficaria: “só há as escrituras, só há Cristo, só há a graça, só há a fidelidade e só há a Glória de Deus.”. Você vê isso nessa religião? Não, claro que não. Até nisso houve uma degeneração da religião verdadeira, porque hoje se tem muito marketing e pouco o que é a religião verdadeira. E o espiritismo que foi fundado e teve a doutrinação estruturada por Allan Kardec na França no século dezenove. Não tem uma teologia, mas tem uma doutrinação que são os cincos primeiros livros da codificação kardeciana. Vimos muito espiritas agregando uma mística de outras religiões (mais do catolicismo por causa da nossa cultura).

Por fim, depois dessa análise do que é o pensamento do nosso povo, além de não saber dados histórico, dados políticos, dados ideológicos e dados religiosos, não sabem a própria língua que fala. Se lemos nas redes, concluímos, que não se sabe nem ler e nem escrever (muito menos, ter um critério básico de ceticismo do que se ler e onde se ler), porque a abreviação não é uma escrita exata. Você não é “vc”, diálogos tem que ter travessão, pensamentos ou destaques tem que ser entre aspas ou entre parênteses, “mim” não conjunta verbo. Outra coisa, são criadas muitas gírias para pouca utilização concreta dessas gírias, como Friboi para “corno” ou homem traído; Friboi é uma empresa de carne e é a junção entre “frigorifico” (onde a carne fica para não estragar) e boi (animal bovino para o corte). Ou seja, os homens traídos são os homens traídos, porque não estamos falando de qualquer animal, mas o animal humano sapiente daquilo que tem como consciência. A escrita é uma comunicação para o modo escrito, o escritor (aquele que escreve), tem que levar o leitor a aquilo que ele quer passar. Se você dificultar isso, ele passa a não ler e as pessoas não vão se interessar, não vão nem debater isso.


Assim, como ser um intelectual no meio disso tudo?