sábado, 1 de julho de 2017

Geração chata: uma análise sem hipocrisia



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Por Amauri Nolasco Sanches Junior

Dias desses, sabe lá o porquê, eu estava lendo um artigo sobre uma moça que disse que não se sentiu representada pelo filme Mulher Maravilha. Eu achei o artigo chato e longo demais, porque me deu tedio achar que alguém se sente representado por uma semideusa amazona que só é mais uma heroína saída das revistas em quadrinhos no qual, curtimos muito. Esse papo de feminismo fascista já encheu o saco, não que não devemos assegurar os direitos das mulheres, é que toda a militância acaba sendo uma ditadura branca. Como várias pessoas falam, principalmente os filósofos que analisam as redes sociais, o problema não é você praticar tal ideologia, mas você defender essa ideologia sem ver falhas dessa ideologia. A falha das “feminazis” é confundir direitos com ódio, confundir direitos com dar supremacias que não existem. Claro, um homem não vive sem uma mulher, já a mulher, não precisa de nenhum homem para viver, simples assim. Condenar o filme todo só por causa que a protagonista tem um diálogo do órgão sexual do mocinho, é de uma chatice sem tamanho.

Acontece que estamos vivendo um período chato de polarização sistêmica, não precisa nem olhar seu Facebook. São tantos casos que eu deveria escrever um livro – talvez até vou, não sei – porque as pessoas ficaram com suas vidas vazias. Isso mesmo, o esvaziamento se deu quando o mundo criou valores para se ter as coisas e não se apegar a símbolos, só que esse significado está embrenhado dentro do ser humano porque é da nossa natureza. A publicidade usa muito isso – não precisa de imagens subliminares para vender, já que na propaganda já tem símbolos importantes e nos próprios filmes, sempre há e haverá, imagens que vão te convencer em consumir – esse simbolismo é a maneira que aquilo é mostrado para você e você reage com o desejo de ter, de ser e de se apegar aquilo ou a alguém. Os heróis gregos antigos eram esses símbolos no mesmo modo, os símbolos religiosos e ideológicos, são usados para te fazer pensar que você estando de um lado, você estará estando defendendo aquilo que é certo. Mas uma pergunta tem que ser feita primeiro: o que é certo ou errado? Qual a diferença de uma mulher e de um homem além da parte do gênero e dos entraves culturais? Qual sensação de defender uma ideologia ou sei lá mais o que você defenda?

Para dar um exemplo, ainda meu pai acredita que homens são biologicamente, o reprodutor e precisam de sexo toda hora. Claro que isso tem uma parte de verdade, mas por outro lado, a questão cultural também pesa além de fatores biológico. Somos, afinal, animais totalmente, sociais e essa sociabilidade tem a ver com a nossa cultura e a nossa consciência que existe enquanto somos humanos. Sim, a 2.500 anos atrás, Aristóteles já dizia que o homem busca, por natureza, o saber e esse saber tem a ver com o espanto. Quando nós nos espantamos? Quando nos deparamos com uma realidade que não é realidade, são apenas culturas artificiais que nada significam dentro dos valores que nos construíram. Por exemplo, eu gosto mais dos heróis verdadeiros do que o estereotipo do “bonzinho”, achava chato demais o Superman e gostava do Batman ou o Justiceiro, até mesmo, Wolverine. O Superman é o estereotipo do cara bonitão que tem que ser justo e perfeito para ser o cara que salva, que faz justiça sem ao menos, ter um pingo de raiva. Não à toa, o “homem de aço” é um extraterrestre, um alienígena que tem superpoderes graças ao nosso sol amarelo (graças ao gás hélio). Existem coisas que para mim são entediantes ao ponto de não fazer me interessar, mesmo que a maioria goste, eu não gosto.

Acontece que as pessoas gostam por questões de status quo, porque não é possível uma pessoa repetir uma música muitas vezes, sem ao menos, prestar atenção da letra. Dançar ou ter um momento de euforia, pode até ser uma bela desculpa, mas ainda sim, não é um motivo tão forte para gostar de verdade de uma música. Isso, dentro da filosofia contemporânea, se chama massificação e a massificação é construída não para pensar e sim, para vender. Nada contra, mas a partir do momento que uma pesquisa diz que a cantora Anitta é mais complexa de que Legião Urbana e Os Mutantes (claro, que vai ter textão), devemos nos preocupar com tal dado, porque quando as músicas ficam simplórias demais, a questão começa a ser preocupante no requisito educação. Educação em todos os aspectos, porque somos já criados com uma estereotipação de gênero, estereotipação de condição física, estereotipação do que devo pensar e agir dentro daquilo que a sociedade e o senso comum acha ser verdade. Mas o que é a verdade? A verdade é um objeto de ostentação?


Quer sair disso? Então comece saindo da massificação de opiniões, tenha base solida dentro do que você mesmo pensa, será o único e vai parar com toda essa chatice. 


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